
Idades que tornam planos mais caros: entenda os reajustes
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- Por que os planos de saúde têm reajustes por idade?
- Faixas etárias definidas pela ANS para reajustes
- Por que a faixa dos 59 anos é a mais cara?
- Diferenças entre planos familiares e individuais nos reajustes
- Impacto do envelhecimento na sinistralidade dos planos
- A importância de comparar planos antes de contratar
Por que os planos de saúde têm reajustes por idade?
Os planos de saúde utilizam o critério de reajuste por idade como uma forma de equilibrar os custos crescentes associados ao uso dos serviços médicos ao longo da vida. À medida que os beneficiários envelhecem, a frequência com que utilizam os serviços aumenta significativamente, especialmente em faixas etárias mais avançadas. Exames de rotina mais complexos, tratamentos para doenças crônicas e internações prolongadas tornam-se mais comuns. Esse comportamento é mapeado pelas operadoras, que ajustam os valores para cobrir o aumento das despesas. Por isso, é natural que os planos mais caros sejam percebidos nas faixas etárias superiores.
O envelhecimento também traz maior probabilidade de complicações de saúde que exigem tratamentos especializados, como acompanhamento de cardiologistas, oncologistas e fisioterapeutas. Esses custos são refletidos no cálculo atuarial, que define os valores dos reajustes aplicados por faixa etária. Esse mecanismo garante que os planos continuem financeiramente viáveis, distribuindo os custos de maneira proporcional entre os beneficiários mais jovens e os mais velhos.
Ainda assim, é importante compreender que os reajustes não podem ser aplicados de forma arbitrária. No Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece regras para evitar aumentos abusivos. Os consumidores devem ficar atentos aos contratos e às cláusulas que detalham os períodos e critérios de ajuste, garantindo maior transparência sobre os motivos que tornam alguns planos mais caros em determinadas idades.
Faixas etárias definidas pela ANS para reajustes
A ANS determina critérios específicos para reajustes de planos de saúde, organizando-os em sete faixas etárias. Essas faixas englobam desde recém-nascidos até idosos, cobrindo grupos como 0 a 18 anos, 19 a 23 anos, 24 a 28 anos, entre outros. A última mudança ocorre na faixa dos 59 anos ou mais, que costuma ter os planos mais caros devido ao aumento significativo do risco para as operadoras. Essas regras visam dar previsibilidade ao consumidor, evitando que os reajustes sejam aplicados de forma inesperada ou desproporcional.
O modelo adotado pela ANS busca garantir um equilíbrio entre acessibilidade e sustentabilidade do sistema de saúde suplementar. Assim, beneficiários mais jovens contribuem para os custos globais, enquanto as operadoras preparam-se para arcar com despesas maiores nas idades mais avançadas. Isso significa que o valor pago por um jovem ajuda a cobrir parte dos custos gerados por idosos, criando um ciclo de suporte financeiro dentro da carteira de clientes.
Apesar da regulamentação, é importante que os beneficiários acompanhem de perto como essas faixas etárias influenciam seus contratos. Por exemplo, ao chegar na faixa dos 59 anos, muitas pessoas percebem aumentos expressivos que podem impactar diretamente o orçamento familiar. A análise prévia de como os reajustes são distribuídos entre as faixas pode evitar surpresas e facilitar o planejamento financeiro a longo prazo, especialmente quando se trata de lidar com planos mais caros.
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Por que a faixa dos 59 anos é a mais cara?
A faixa etária dos 59 anos é conhecida por ser a mais onerosa em termos de reajustes de planos de saúde, tornando os planos mais caros nesse momento. Isso ocorre porque, segundo a ANS, este é o último reajuste permitido por idade, e ele concentra um aumento significativo devido ao maior risco de utilização dos serviços médicos. Nessa fase, as chances de doenças crônicas, internações e tratamentos complexos tornam-se muito mais frequentes, elevando drasticamente os custos para as operadoras.
Outro fator que contribui para os altos valores nesta faixa etária é o modelo de financiamento adotado. Durante as idades mais jovens, os beneficiários geralmente utilizam menos os serviços de saúde, contribuindo com mensalidades que ajudam a equilibrar as despesas do grupo. Contudo, ao atingir os 59 anos, o cenário se inverte, e os beneficiários passam a demandar mais recursos. Esse aumento na utilização justifica os reajustes que resultam em planos mais caros, principalmente para quem mantém contratos há muitos anos.
Embora as normas da ANS busquem limitar abusos, os valores podem ser um desafio para muitos consumidores. Esse impacto é ainda mais evidente em contratos antigos, onde as regras para reajustes podem ser diferentes das praticadas atualmente. Por isso, é crucial que o beneficiário esteja atento às condições contratuais e às alternativas disponíveis no mercado, como a portabilidade de carências ou a migração para planos com melhor custo-benefício. Planejar-se para essa fase é essencial para evitar dificuldades financeiras associadas aos planos mais caros nessa idade.
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Diferenças entre planos familiares e individuais nos reajustes
Os planos mais caros podem variar significativamente dependendo do tipo de contratação. Nos planos individuais, os reajustes são regulados pela ANS, oferecendo maior previsibilidade ao consumidor. Já nos planos familiares ou coletivos, os aumentos são negociados diretamente entre as operadoras e os contratantes, como empresas ou associações. Essa diferença faz com que os valores dos planos familiares possam sofrer variações mais expressivas, tornando-os menos transparentes em relação ao custo.
Nos planos familiares, as despesas são compartilhadas entre os membros, o que pode diluir os custos para famílias maiores, mas também expor os contratantes a reajustes baseados na sinistralidade do grupo. Se uma pessoa do plano utiliza mais serviços médicos, os custos podem ser repassados para todos os integrantes. Por outro lado, os planos individuais têm reajustes controlados, limitando aumentos abusivos, o que pode ser uma vantagem para quem busca estabilidade financeira a longo prazo.
Por isso, é essencial que o consumidor avalie qual modalidade atende melhor às suas necessidades. A escolha errada pode resultar em planos mais caros ao longo do tempo, especialmente se os reajustes coletivos não forem compatíveis com o orçamento familiar. A análise cuidadosa das condições contratuais e a comparação entre as modalidades podem fazer toda a diferença para garantir maior equilíbrio financeiro.
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Impacto do envelhecimento na sinistralidade dos planos

Com o passar dos anos, o envelhecimento tende a aumentar a frequência e a complexidade dos atendimentos médicos, resultando em planos mais caros. A sinistralidade, que mede a relação entre o que a operadora arrecada e gasta com atendimentos, é diretamente influenciada pelo aumento da idade. Essa dinâmica torna-se mais evidente em faixas etárias avançadas, onde o risco de doenças crônicas e internações cresce substancialmente.
Condições como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, comuns na terceira idade, demandam acompanhamento contínuo e exames frequentes, elevando os custos. Além disso, tratamentos especializados, como cirurgias e terapias, tornam-se mais comuns, aumentando ainda mais a utilização dos serviços. Essa alta utilização é um dos fatores que justifica os reajustes significativos aplicados pelas operadoras.
A sinistralidade elevada pode ser um desafio para as empresas de saúde suplementar, que precisam equilibrar as despesas crescentes sem inviabilizar os contratos. Para o beneficiário, é importante entender como esses fatores contribuem para os planos mais caros e planejar-se financeiramente para arcar com os custos nas idades mais avançadas. Buscar planos com bom custo-benefício e acompanhar os reajustes pode minimizar impactos inesperados.
A importância de comparar planos antes de contratar
Comparar as opções disponíveis no mercado antes de contratar é uma das melhores formas de evitar surpresas com planos mais caros no futuro. Avaliar diferentes operadoras, tipos de cobertura e históricos de reajustes pode ajudar a identificar as alternativas mais vantajosas para cada perfil de consumidor.
Ao realizar essa análise, é essencial verificar o histórico de aumento das mensalidades e o cumprimento das normas da ANS. Algumas operadoras têm práticas mais transparentes e previsíveis, enquanto outras podem apresentar reajustes maiores, especialmente em planos coletivos. Entender essas diferenças é crucial para fazer uma escolha informada.
Além disso, ao comparar os planos, é possível encontrar benefícios adicionais que atendam às suas necessidades específicas, como cobertura para tratamentos específicos ou rede credenciada abrangente. Essa avaliação detalhada pode evitar a contratação de planos inadequados e minimizar os impactos dos reajustes futuros, garantindo maior segurança e satisfação a longo prazo.
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