
Entenda os Riscos e Benefícios de um Plano Não Regulamentado
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O que é um plano não regulamentado?
Planos não regulamentados são serviços de saúde que funcionam à margem das regras estabelecidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Diferente dos planos regulamentados, que devem seguir diretrizes rígidas quanto à cobertura mínima, atendimento de urgências e proteção ao consumidor, os planos não regulamentados oferecem flexibilidade, mas com menos garantias. Por essa razão, eles geralmente não cobrem todos os procedimentos exigidos por lei, como exames preventivos, cirurgias complexas ou tratamentos prolongados.
A principal característica desses planos é a liberdade que as operadoras têm para definir suas próprias regras de funcionamento. Isso inclui a possibilidade de escolher quais serviços serão oferecidos e como serão prestados, o que pode parecer vantajoso para quem busca uma solução mais barata ou menos burocrática. No entanto, a falta de regulamentação também significa que o consumidor pode ficar desamparado em situações críticas, como a necessidade de atendimento de emergência.
Além disso, a ausência de regulação pode acarretar dificuldades na comunicação e resolução de conflitos entre a operadora e o consumidor. Sem a mediação da ANS, que atua para garantir que as regras sejam cumpridas nos planos regulamentados, os beneficiários podem enfrentar desafios na hora de exigir seus direitos, especialmente se não estiverem familiarizados com as leis de defesa do consumidor aplicáveis.
Vantagens de um plano não regulamentado
Uma das principais vantagens de optar por um plano não regulamentado é o custo mais acessível. Sem a obrigação de seguir todas as exigências legais impostas aos planos regulamentados, as operadoras podem oferecer pacotes mais baratos, o que pode ser atraente para quem tem um orçamento limitado. Essa redução de custos ocorre principalmente porque esses planos podem excluir certas coberturas ou procedimentos considerados caros.
Outra vantagem é a maior flexibilidade na escolha dos serviços e profissionais de saúde. Como esses planos não precisam cumprir uma lista pré-determinada de coberturas, o consumidor pode selecionar os serviços que realmente utiliza, evitando pagar por opções desnecessárias. Além disso, as operadoras podem ser menos burocráticas, permitindo que o cliente escolha médicos e hospitais de sua preferência, sem a necessidade de seguir redes credenciadas restritas.
A simplicidade administrativa também é um ponto positivo. Planos não regulamentados tendem a ter processos de adesão e utilização menos complicados, o que pode resultar em um atendimento mais ágil. Isso pode ser especialmente vantajoso para quem busca uma solução rápida e eficiente para consultas e exames simples, sem a necessidade de longas aprovações ou autorizações que costumam ser exigidas nos planos regulamentados.
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Desvantagens e riscos de planos não regulamentados
Apesar das aparentes vantagens, os planos não regulamentados apresentam riscos significativos que podem impactar diretamente a saúde e o bem-estar do consumidor. A principal desvantagem é a ausência de uma cobertura ampla e garantida por lei. Isso significa que, em situações críticas, como internações ou tratamentos de alta complexidade, o beneficiário pode descobrir que seu plano não cobre o procedimento necessário, gerando custos elevados e inesperados.
Outro risco importante é a falta de proteção em casos de urgência e emergência. Diferente dos planos regulamentados, que são obrigados a atender essas situações em qualquer localidade do país, os planos não regulamentados podem limitar ou até mesmo negar o atendimento fora da área de cobertura acordada. Isso pode colocar o consumidor em situações vulneráveis, especialmente se ocorrer um problema de saúde grave em uma viagem ou em um local onde o plano não oferece suporte adequado.
Além disso, a resolução de conflitos pode ser mais complicada e demorada. Como esses planos não são supervisionados pela ANS, a mediação de disputas depende exclusivamente do entendimento direto entre o cliente e a operadora, o que nem sempre resulta em soluções justas ou rápidas. Sem o respaldo de um órgão regulador, os consumidores podem enfrentar dificuldades para reivindicar seus direitos e obter ressarcimentos em caso de falhas no serviço.
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Diferenças entre planos regulamentados e não regulamentados
Os planos regulamentados são aqueles que seguem as normas estabelecidas pela ANS, garantindo uma série de direitos e proteções ao consumidor. Isso inclui cobertura obrigatória para um conjunto de procedimentos e tratamentos, como exames preventivos, cirurgias e tratamentos para doenças crônicas. Além disso, esses planos devem atender a emergências em qualquer lugar do Brasil, oferecendo uma rede credenciada ampla e diversificada, o que proporciona maior segurança ao beneficiário.
Por outro lado, os planos não regulamentados não estão sujeitos a essas exigências, o que significa que podem oferecer menos cobertura e menos proteção. Por exemplo, um plano não regulamentado pode excluir tratamentos para doenças crônicas ou procedimentos caros, como cirurgias complexas ou tratamentos prolongados, deixando o beneficiário desamparado em momentos críticos. Essa falta de cobertura pode resultar em altos custos para o paciente, que terá que arcar com despesas inesperadas.
Outro ponto de diferença é a questão da segurança jurídica. Enquanto os planos regulamentados devem seguir as normas da ANS, que regula aspectos como reajustes, cobertura e portabilidade, os planos não regulamentados operam com mais liberdade, o que pode dificultar a vida do consumidor na hora de reclamar ou exigir seus direitos. A escolha entre um plano regulamentado e um não regulamentado deve ser feita com cuidado, levando em conta as necessidades de saúde e a segurança que cada um oferece.

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A importância de avaliar a reputação da operadora
A avaliação da reputação da operadora é um passo crucial antes de optar por um plano não regulamentado. Como esses planos não seguem as diretrizes da ANS, a qualidade do serviço pode variar significativamente entre as diferentes operadoras. É essencial investigar a satisfação dos clientes atuais, verificando relatos de problemas frequentes, como negação de cobertura, dificuldades no agendamento de consultas e falta de transparência nas condições contratuais.
Consultar órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, pode fornecer uma visão clara sobre a atuação da operadora no mercado. Empresas com um histórico negativo, com muitas reclamações e baixa taxa de resolução de problemas, devem ser evitadas. Além disso, é importante verificar se a operadora tem um histórico de cumprimento de contratos e se oferece suporte adequado aos clientes em momentos de necessidade, especialmente em situações de emergência.
Outro aspecto a considerar é a estabilidade financeira da operadora. Empresas que enfrentam dificuldades financeiras podem não ser capazes de honrar suas obrigações com os clientes, resultando em falhas no atendimento ou até mesmo no encerramento das atividades. Avaliar a saúde financeira da empresa, por meio de relatórios de mercado ou consultas a especialistas, pode evitar surpresas desagradáveis e garantir que o consumidor não ficará desamparado no futuro.
Como escolher entre um plano regulamentado e não regulamentado
A escolha entre um plano regulamentado e um não regulamentado deve ser baseada em uma análise cuidadosa das necessidades de saúde, das expectativas de atendimento e do orçamento disponível. Os planos regulamentados oferecem maior segurança, com cobertura garantida para uma ampla gama de procedimentos e atendimento em emergências, mas costumam ser mais caros. Já os planos não regulamentados, apesar de mais acessíveis, podem deixar o consumidor desprotegido em situações críticas.
Avaliar o histórico de saúde pessoal e familiar é essencial para tomar essa decisão. Quem tem condições crônicas ou necessita de tratamentos regulares deve priorizar a segurança oferecida pelos planos regulamentados, que garantem a continuidade do cuidado e a cobertura de procedimentos essenciais. Por outro lado, pessoas que raramente utilizam serviços médicos e buscam uma opção mais econômica podem considerar um plano não regulamentado, desde que compreendam os riscos envolvidos.
Outro fator a considerar é a flexibilidade financeira. Planos não regulamentados podem parecer atraentes devido ao custo inicial mais baixo, mas é importante ponderar os potenciais gastos extras em caso de necessidade de tratamentos que não estão cobertos. Colocar na balança o custo total, incluindo eventuais despesas médicas não cobertas, pode ajudar a decidir qual tipo de plano é mais vantajoso a longo prazo, evitando surpresas financeiras e garantindo a tranquilidade necessária para cuidar da saúde.
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Dulce Delboni Tarpinian
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