Técnicas eficazes de avaliação em call center
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Importância da avaliação de desempenho no call center
A avaliação de desempenho é um dos pilares fundamentais para garantir a eficiência operacional e a qualidade no atendimento prestado pelos call centers, especialmente no setor de planos de saúde. Com a grande responsabilidade de lidar com clientes que frequentemente entram em contato em situações delicadas, é essencial que os atendentes estejam preparados não apenas tecnicamente, mas também emocionalmente. Avaliar o desempenho com critérios bem definidos permite à gestão identificar pontos fortes e fracos de cada operador, promovendo ajustes que beneficiam tanto os colaboradores quanto os clientes.
Outro ponto relevante da avaliação de desempenho é sua contribuição para a padronização dos atendimentos. Quando se estabelece um modelo de excelência a ser seguido, baseado em avaliações consistentes, é possível reduzir variações no atendimento e garantir uma experiência uniforme e positiva ao cliente. No caso dos planos de saúde, isso se traduz em maior confiança do usuário, redução de conflitos e fidelização. A consistência também colabora para a construção de uma imagem mais profissional e confiável do call center perante o mercado.
Além disso, avaliações bem estruturadas contribuem para o desenvolvimento contínuo dos profissionais. Ao receberem feedbacks regulares e embasados em dados concretos, os operadores se sentem mais motivados a evoluir. Isso cria um ciclo positivo: a equipe se aperfeiçoa, os resultados melhoram, os clientes ficam mais satisfeitos e a empresa se destaca no setor. Em resumo, a avaliação de desempenho é uma ferramenta estratégica que vai muito além de medir produtividade – ela impacta diretamente na qualidade do serviço e na sustentabilidade do negócio.
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Principais indicadores de desempenho (KPIs)
Os KPIs (Key Performance Indicators) são indicadores-chave que ajudam a mensurar com precisão o desempenho dos operadores e da operação como um todo. No contexto de um call center de planos de saúde, onde cada contato pode envolver questões críticas como autorizações, dúvidas sobre cobertura ou emergências, os KPIs são fundamentais para garantir que o atendimento seja ágil, preciso e satisfatório. Entre os principais, destacam-se o TMA (Tempo Médio de Atendimento), o FCR (Resolução no Primeiro Contato), o CSAT (Índice de Satisfação do Cliente) e o NPS (Net Promoter Score), cada um oferecendo insights específicos sobre a operação.
A análise contínua desses indicadores permite identificar gargalos e oportunidades de melhoria. Por exemplo, um TMA muito alto pode indicar operadores despreparados ou processos burocráticos demais, o que pode afetar diretamente a experiência do cliente. Já um baixo índice de FCR revela que muitos clientes estão precisando retornar ao call center para resolver problemas não solucionados na primeira ligação — o que aumenta a sobrecarga da equipe e a insatisfação do usuário. Esses dados não devem ser analisados isoladamente, mas sim em conjunto, para fornecer uma visão integrada da performance.
É importante que a gestão saiba não apenas coletar esses dados, mas também interpretá-los e transformá-los em ações concretas. Mais do que medir, os KPIs devem orientar decisões estratégicas, como treinamentos específicos, revisão de processos, ajustes nas metas e até mudanças na estrutura de atendimento. Além disso, quando os operadores têm clareza sobre esses indicadores e compreendem como suas ações impactam diretamente nos resultados, passam a se envolver mais com os objetivos do call center, aumentando o engajamento e a produtividade da equipe como um todo.
Monitoria de qualidade e escuta ativa
A monitoria de qualidade é um dos métodos mais utilizados para avaliar o desempenho no call center, pois permite analisar, com base em critérios objetivos, como os atendimentos estão sendo realizados na prática. Essa técnica envolve a gravação e posterior análise de ligações, levando em consideração aspectos como clareza da informação, empatia, cumprimento de scripts, capacidade de resolução e postura do atendente. Quando feita de forma regular e sistemática, a monitoria de qualidade permite mapear padrões de atendimento e identificar desvios, oferecendo uma base sólida para melhorias.
No entanto, para que a avaliação seja completa, é essencial incluir a escuta ativa como um critério central. Escutar ativamente vai além de ouvir as palavras do cliente — trata-se de compreender seu contexto, emoções e necessidades, mesmo quando não estão explicitamente verbalizadas. Isso é especialmente importante no setor de planos de saúde, onde muitas vezes os clientes estão fragilizados, nervosos ou inseguros. A escuta ativa permite construir uma relação de confiança, melhorar o entendimento das demandas e oferecer soluções mais adequadas e humanas.
A combinação entre monitoria técnica e escuta ativa resulta em uma avaliação mais holística do atendimento. É possível, por exemplo, que um operador siga todos os procedimentos corretamente, mas demonstre frieza ou impaciência no contato com o cliente — algo que pode ser percebido ao ouvir com atenção os diálogos. Da mesma forma, operadores com boa escuta e empatia podem ter resultados superiores mesmo em atendimentos complexos. Por isso, incluir esses critérios nas avaliações ajuda a reconhecer o valor do atendimento humanizado e promove uma cultura mais centrada no cliente.
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Feedback estruturado e contínuo
O feedback é uma das ferramentas mais poderosas para o desenvolvimento de qualquer profissional, e no ambiente de call center essa prática ganha ainda mais relevância. O atendimento é uma atividade dinâmica e desafiadora, que exige constante aprimoramento. O feedback estruturado — ou seja, baseado em dados concretos obtidos por meio de avaliações, monitorias e KPIs — oferece aos operadores uma visão clara de seus pontos fortes e das áreas que precisam de atenção. Isso ajuda a transformar críticas em oportunidades reais de crescimento.
A constância do feedback também é determinante. Em vez de avaliações esporádicas ou apenas corretivas, é essencial que os colaboradores recebam retornos regulares sobre sua performance. Isso permite ajustes imediatos, evita o acúmulo de erros e reforça comportamentos positivos. Além disso, o feedback contínuo mostra ao operador que seu trabalho está sendo acompanhado de perto, o que pode ser visto como um sinal de valorização e interesse por parte da liderança — fortalecendo o vínculo com a empresa.
Outro ponto essencial do feedback estruturado é o tom utilizado. Ele deve ser sempre construtivo, respeitoso e focado no desenvolvimento do profissional. Criticar sem apontar soluções ou usar um tom punitivo pode desmotivar e até gerar conflitos. Por outro lado, um bom feedback reconhece conquistas, propõe melhorias e inspira confiança. Em ambientes como call centers de planos de saúde, onde o clima organizacional impacta diretamente na qualidade do atendimento, um processo de feedback bem conduzido pode fazer toda a diferença nos resultados.
Avaliação por desempenho individual e em equipe
A avaliação de desempenho pode ser feita tanto em nível individual quanto coletivo, e cada uma dessas abordagens oferece benefícios específicos. A avaliação individual foca no desempenho de cada operador, permitindo identificar talentos, dificuldades específicas e comportamentos que impactam diretamente a experiência do cliente. No contexto de um call center de planos de saúde, esse tipo de avaliação é essencial para garantir que todos os atendentes estejam preparados para lidar com situações sensíveis e prestar um atendimento humanizado e eficiente.
Já a avaliação em equipe permite analisar como os operadores estão trabalhando de forma colaborativa para atingir metas comuns. Esse tipo de abordagem é especialmente útil quando o sucesso da operação depende da sinergia entre diferentes setores, como atendimento, suporte técnico e áreas administrativas. Além disso, a análise coletiva pode revelar problemas estruturais que não são identificados nas avaliações individuais — como processos falhos, falta de integração entre sistemas ou falhas na comunicação interna.
O ideal é que ambas as abordagens sejam utilizadas de forma complementar. Avaliações individuais ajudam a personalizar os treinamentos e reconhecer desempenhos de destaque, enquanto as avaliações em equipe incentivam o trabalho colaborativo e fortalecem a cultura organizacional. Quando combinadas, essas práticas tornam a gestão de desempenho mais completa, justa e estratégica. Isso permite não apenas melhorar os indicadores operacionais, mas também criar um ambiente mais saudável, motivador e voltado para resultados sustentáveis.
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Treinamento baseado nas avaliações
As avaliações de desempenho não devem ser vistas apenas como uma forma de controle, mas sim como uma ferramenta para o crescimento profissional dos operadores. Quando os resultados dessas avaliações são utilizados para planejar treinamentos específicos, o call center se torna um ambiente de aprendizado contínuo. Isso é especialmente importante em setores como o de planos de saúde, onde atualizações constantes sobre produtos, protocolos e legislação são essenciais para um atendimento de qualidade.
Treinamentos baseados em dados reais ajudam a direcionar melhor os recursos da empresa, evitando programas genéricos que nem sempre atendem às necessidades reais da equipe. Se as avaliações indicam que há dificuldades com empatia no atendimento, por exemplo, é mais produtivo investir em capacitações de comunicação e inteligência emocional. Da mesma forma, se há falhas técnicas, o foco pode ser voltado para o uso correto dos sistemas ou entendimento dos procedimentos internos.
Além disso, investir em capacitação demonstra valorização dos colaboradores, o que aumenta o engajamento e reduz a rotatividade — um dos grandes desafios em call centers. Operadores que percebem oportunidades reais de desenvolvimento tendem a se dedicar mais, apresentar melhores resultados e contribuir com sugestões de melhoria. Portanto, integrar as avaliações aos planos de treinamento transforma o processo de gestão de desempenho em uma estratégia poderosa de crescimento individual e organizacional.
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Dulce Delboni Tarpinian
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