Introdução à Resolução Normativa RN Nº 452: o que é e sua importância.

A RN 452, emitida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), representa um marco regulatório no setor de planos de saúde no Brasil. Essa normativa estabelece diretrizes e critérios para o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde, com o objetivo de promover a qualidade e a segurança na assistência prestada pelas operadoras de planos de saúde aos beneficiários.

A importância da RN Nº 452 reside na sua capacidade de elevar o padrão de qualidade dos serviços de saúde suplementar no país. Ao definir requisitos e critérios para a certificação das operadoras, a ANS busca garantir que essas empresas adotem práticas que promovam a eficiência, a eficácia e a humanização no atendimento aos beneficiários.

Além disso, a RN Nº 452 visa a fomentar a transparência e a confiança no mercado de planos de saúde, fornecendo aos consumidores informações claras e objetivas sobre a qualidade dos serviços oferecidos pelas operadoras certificadas.

Isso contribui para que os beneficiários possam tomar decisões mais bem informadas na escolha de seu plano de saúde, aumentando a competitividade entre as empresas e incentivando a busca contínua pela excelência na prestação de serviços.

Portanto, a Resolução Normativa RN Nº 452 desempenha um papel fundamental na promoção da qualidade e da segurança da assistência à saúde no contexto dos planos de saúde no Brasil, beneficiando tanto as operadoras quanto os usuários desses serviços.

Histórico da criação da RN Nº 452 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O histórico da criação da Resolução Normativa (RN) Nº 452 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) remonta a um contexto de constante aprimoramento da regulação do setor de planos de saúde no Brasil.

A ANS, criada em 2000, é responsável por regular e fiscalizar as atividades das operadoras de planos de saúde, visando garantir o acesso, a qualidade e a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar no país.

A necessidade de estabelecer diretrizes específicas para a certificação das boas práticas em atenção à saúde surgiu da crescente demanda por maior qualidade e segurança nos serviços oferecidos pelas operadoras. Ao longo dos anos, a ANS tem buscado promover iniciativas que incentivem a melhoria contínua da assistência prestada aos beneficiários dos planos de saúde.

O processo de criação da RN Nº 452 envolveu consultas públicas, debates com representantes do setor, análises técnicas e contribuições da sociedade civil, com o objetivo de elaborar uma normativa que fosse eficaz, factível e alinhada com as necessidades do mercado e dos usuários.

A RN Nº 452 foi oficialmente aprovada e publicada no Diário Oficial da União em uma data específica, marcando um avanço significativo na regulação do setor de planos de saúde. Desde então, tem sido um instrumento importante para incentivar as operadoras a adotarem práticas de excelência na atenção à saúde, contribuindo para aprimorar a qualidade dos serviços oferecidos e fortalecer a confiança dos consumidores no sistema de saúde suplementar brasileiro.

Portanto, o histórico da criação da RN Nº 452 reflete o compromisso da ANS em acompanhar as transformações do setor de saúde suplementar e em promover a qualidade e a segurança na assistência à saúde, em benefício dos usuários e da sociedade como um todo.

RN 452

Objetivos e propósito da RN Nº 452.

Os objetivos e o propósito da Resolução Normativa (RN) Nº 452 são direcionados para a melhoria da qualidade e segurança na assistência à saúde oferecida pelas operadoras de planos de saúde no Brasil. Aqui estão alguns pontos-chave sobre os objetivos e propósitos da RN Nº 452:

  • Estabelecer padrões de qualidade: A RN Nº 452 visa estabelecer padrões claros e específicos de qualidade na atenção à saúde prestada pelas operadoras de planos de saúde, promovendo a adoção de boas práticas assistenciais.
  • Certificação de boas práticas: Seu principal propósito é criar um programa de certificação que reconheça e premie as operadoras que adotam e demonstram conformidade com as boas práticas em atenção à saúde.
  • Incentivar a excelência: A normativa busca incentivar as operadoras de planos de saúde a buscarem a excelência no atendimento aos beneficiários, por meio da implementação de processos, protocolos e ações que melhorem a qualidade da assistência.
  • Promover a transparência: Ao estabelecer critérios objetivos para a certificação, a RN Nº 452 visa promover a transparência no mercado de planos de saúde, fornecendo informações claras e confiáveis aos consumidores sobre a qualidade dos serviços oferecidos pelas operadoras.
  • Aprimorar a confiança dos usuários: Ao elevar o padrão de qualidade dos serviços de saúde suplementar, a RN Nº 452 contribui para aumentar a confiança dos usuários nos planos de saúde, proporcionando-lhes uma melhor experiência de cuidado e atendimento.
  • Fomentar a competição saudável: Ao premiar as operadoras certificadas, a normativa incentiva uma competição saudável no mercado, onde as empresas são estimuladas a melhorar seus serviços para obterem reconhecimento e conquistar novos clientes.

Em resumo, os objetivos e o propósito da RN Nº 452 estão centrados em promover a qualidade, a segurança e a transparência na assistência à saúde oferecida pelas operadoras de planos de saúde, visando garantir uma melhor experiência para os beneficiários e fortalecer o sistema de saúde suplementar no Brasil.

Principais diretrizes e exigências estabelecidas pela RN Nº 452.

A Resolução Normativa (RN) Nº 452 estabelece uma série de diretrizes e exigências para as operadoras de planos de saúde que desejam obter a certificação de boas práticas em atenção à saúde. Aqui estão algumas das principais diretrizes e exigências estabelecidas pela RN Nº 452:

  1. Adoção de protocolos clínicos: As operadoras devem adotar protocolos clínicos baseados em evidências científicas para orientar o cuidado aos beneficiários, garantindo uma prática assistencial fundamentada em melhores práticas e padrões reconhecidos.
  2. Gestão de riscos e segurança do paciente: Devem ser implementados processos e procedimentos para identificar, avaliar e gerenciar os riscos associados à assistência à saúde, visando garantir a segurança e a integridade dos pacientes.
  3. Promoção da integralidade do cuidado: As operadoras devem promover a integração e coordenação dos serviços de saúde oferecidos aos beneficiários, assegurando uma assistência contínua e abrangente ao longo do tempo e em diferentes níveis de complexidade.
  4. Adequação da estrutura assistencial: É necessário que as operadoras disponham de uma estrutura assistencial adequada, com recursos humanos, tecnológicos e físicos compatíveis com as necessidades dos beneficiários e os serviços prestados.
  5. Garantia de acesso e equidade: Deve-se assegurar o acesso equitativo dos beneficiários aos serviços de saúde, sem discriminação de qualquer natureza, respeitando os princípios da universalidade, integralidade e equidade.
  6. Monitoramento e avaliação contínua: As operadoras devem realizar o monitoramento e a avaliação contínua da qualidade da assistência prestada, por meio de indicadores e métricas específicas, identificando oportunidades de melhoria e correção de eventuais não conformidades.
  7. Participação dos beneficiários: Deve-se promover a participação ativa dos beneficiários no processo de cuidado, garantindo seu envolvimento nas decisões relacionadas à sua saúde e o respeito à sua autonomia e dignidade.
  8. Comunicação transparente e eficaz: As operadoras devem estabelecer canais de comunicação transparentes e eficazes com os beneficiários, fornecendo informações claras, objetivas e acessíveis sobre seus direitos, deveres e os serviços disponíveis.

Essas são algumas das principais diretrizes e exigências estabelecidas pela RN Nº 452, que visam garantir a oferta de uma assistência à saúde de qualidade, segura e centrada no paciente pelas operadoras de planos de saúde no Brasil.

Abrangência da RN Nº 452: quem é afetado e quem deve cumprir suas disposições.

A Resolução Normativa (RN) Nº 452 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) possui uma abrangência que impacta diversos atores do setor de saúde suplementar no Brasil. Abaixo, descrevo quem é afetado e quem deve cumprir suas disposições:

  • Operadoras de planos de saúde: As operadoras de planos de saúde são diretamente afetadas pela RN Nº 452, pois são as responsáveis por cumprir as exigências e diretrizes estabelecidas pela normativa. Elas devem adotar boas práticas em atenção à saúde, implementar protocolos clínicos, gerenciar riscos, garantir acesso aos serviços, entre outras obrigações.
  • Beneficiários dos planos de saúde: Os beneficiários dos planos de saúde são indiretamente impactados pela RN Nº 452, pois a normativa visa aprimorar a qualidade e a segurança dos serviços de saúde oferecidos pelas operadoras. Portanto, eles se beneficiam das práticas assistenciais mais adequadas e da maior transparência nas informações sobre os serviços de saúde disponíveis.
  • Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS): A ANS é a responsável por fiscalizar e regulamentar o cumprimento da RN Nº 452 pelas operadoras de planos de saúde. Ela deve monitorar o processo de certificação das boas práticas em atenção à saúde, garantindo que as operadoras estejam em conformidade com as disposições da normativa.
  • Profissionais de saúde: Os profissionais de saúde que atuam junto às operadoras de planos de saúde também são afetados pela RN Nº 452, pois devem seguir os protocolos clínicos e as diretrizes estabelecidas pela normativa no exercício de suas atividades profissionais.
  • Prestadores de serviços de saúde: Os prestadores de serviços de saúde, como hospitais, clínicas e laboratórios, têm sua atuação impactada pela RN Nº 452, uma vez que devem se adequar às exigências e padrões de qualidade estabelecidos pelas operadoras de planos de saúde para integrarem suas redes credenciadas.

Portanto, a RN Nº 452 tem uma abrangência que envolve as operadoras de planos de saúde, os beneficiários, a ANS, os profissionais de saúde e os prestadores de serviços, todos com papéis e responsabilidades específicas no cumprimento das disposições da normativa.

RN 483

Como a RN Nº 452 contribui para a melhoria da qualidade da assistência à saúde.

A Resolução Normativa (RN) Nº 452 desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade da assistência à saúde no contexto dos planos de saúde no Brasil. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a RN Nº 452 contribui para essa melhoria:

  1. Padronização de práticas assistenciais: A normativa estabelece padrões e diretrizes claras para as operadoras de planos de saúde seguirem na prestação de serviços de saúde, o que contribui para a padronização e uniformidade das práticas assistenciais em todo o país.
  2. Adoção de protocolos clínicos baseados em evidências: A RN Nº 452 incentiva a adoção de protocolos clínicos baseados em evidências científicas, garantindo que os tratamentos e procedimentos médicos sigam as melhores práticas e estejam alinhados com o conhecimento científico mais atualizado.
  3. Gestão de riscos e segurança do paciente: Ao exigir a implementação de processos de gestão de riscos e medidas de segurança do paciente, a normativa visa reduzir incidentes e eventos adversos, garantindo um ambiente mais seguro para a prestação de cuidados de saúde.
  4. Monitoramento e avaliação da qualidade: A RN Nº 452 estabelece a necessidade de monitoramento e avaliação contínua da qualidade da assistência prestada pelas operadoras de planos de saúde, por meio de indicadores e métricas específicas, permitindo a identificação de áreas de melhoria e a implementação de ações corretivas.
  5. Transparência e comunicação eficaz: A normativa promove a transparência e a comunicação eficaz entre as operadoras de planos de saúde e os beneficiários, fornecendo informações claras e acessíveis sobre os serviços oferecidos, os direitos dos beneficiários e os canais de acesso à assistência.
  6. Estímulo à inovação e boas práticas: Ao reconhecer e premiar as operadoras de planos de saúde que adotam boas práticas em atenção à saúde, a RN Nº 452 estimula a inovação e o aprimoramento contínuo dos serviços, incentivando a busca pela excelência na prestação de cuidados de saúde.

No geral, a RN Nº 452 contribui para elevar o padrão de qualidade da assistência à saúde oferecida pelas operadoras de planos de saúde, garantindo uma melhor experiência para os beneficiários e promovendo a sustentabilidade e a confiança no sistema de saúde suplementar brasileiro.

Desafios e críticas relacionadas à implementação da RN Nº 452.

Apesar dos benefícios e das intenções positivas da Resolução Normativa (RN) Nº 452, sua implementação pode enfrentar alguns desafios e críticas. Aqui estão alguns dos principais:

  • Complexidade dos processos de certificação: O processo de certificação de boas práticas em atenção à saúde pode ser complexo e exigir recursos significativos das operadoras de planos de saúde, incluindo tempo, pessoal e investimentos financeiros. Isso pode representar um desafio para operadoras menores ou com recursos limitados.
  • Custos adicionais: A implementação das diretrizes e exigências estabelecidas pela RN Nº 452 pode acarretar custos adicionais para as operadoras de planos de saúde, especialmente aquelas que precisam realizar investimentos em tecnologia, treinamento de pessoal e infraestrutura para atender aos requisitos de certificação.
  • Adaptação dos prestadores de serviços de saúde: Os prestadores de serviços de saúde que integram a rede credenciada das operadoras também podem enfrentar desafios para se adaptarem aos protocolos e exigências estabelecidos pela RN Nº 452, o que pode impactar a eficiência e a eficácia dos serviços prestados.
  • Burocracia e dificuldades administrativas: O processo de cumprimento das exigências da RN Nº 452 pode envolver uma quantidade significativa de burocracia e procedimentos administrativos, o que pode tornar a implementação da normativa mais demorada e complexa do que o esperado.
  • Necessidade de acompanhamento e fiscalização: Para garantir o cumprimento efetivo das diretrizes estabelecidas pela RN Nº 452, é necessário um acompanhamento e fiscalização rigorosos por parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que pode representar um desafio logístico e operacional para a agência reguladora.
  • Impacto na competitividade do mercado: Algumas operadoras de planos de saúde podem argumentar que as exigências da RN Nº 452 podem criar desigualdades competitivas no mercado, favorecendo as empresas maiores e mais estabelecidas, que têm mais recursos para investir em conformidade com a normativa.

Embora esses desafios e críticas possam representar obstáculos à implementação da RN Nº 452, é importante reconhecer que a normativa também oferece oportunidades significativas para melhorar a qualidade e a segurança da assistência à saúde no setor de planos de saúde no Brasil. Portanto, o diálogo contínuo entre as partes interessadas e o aprimoramento constante dos processos de certificação podem ajudar a mitigar esses desafios e garantir o sucesso da implementação da normativa.

RN 452

Casos de sucesso na implementação das boas práticas preconizadas pela RN Nº 452.

Existem diversos casos de sucesso na implementação das boas práticas preconizadas pela Resolução Normativa (RN) Nº 452 por parte das operadoras de planos de saúde no Brasil. Aqui estão alguns exemplos:

  • Redução de eventos adversos: Algumas operadoras implementaram sistemas de gestão de riscos e segurança do paciente em conformidade com as diretrizes da RN Nº 452, o que resultou em uma redução significativa de eventos adversos, como erros de medicação, infecções hospitalares e quedas, melhorando a segurança e a qualidade da assistência.
  • Melhoria na gestão de doenças crônicas: Operadoras têm adotado protocolos clínicos baseados em evidências para o gerenciamento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Isso tem levado a uma melhor adesão ao tratamento, controle dos sintomas e redução de complicações, contribuindo para uma assistência mais eficaz e centrada no paciente.
  • Aumento da satisfação dos beneficiários: Operadoras que investiram na melhoria da comunicação com os beneficiários, oferecendo informações claras sobre seus direitos, procedimentos e opções de tratamento, observaram um aumento na satisfação dos clientes. O foco na transparência e no cuidado centrado no paciente contribui para uma melhor experiência do beneficiário.
  • Inovação em tecnologia e processos: Algumas operadoras têm buscado implementar soluções inovadoras em tecnologia da informação e processos operacionais para otimizar a prestação de serviços de saúde. Isso inclui o desenvolvimento de plataformas digitais para agendamento de consultas, acompanhamento remoto de pacientes e telemedicina, facilitando o acesso e a continuidade do cuidado.
  • Reconhecimento e certificação: Operadoras que obtiveram a certificação de boas práticas em atenção à saúde de acordo com as diretrizes da RN Nº 452 têm sido reconhecidas publicamente por seu compromisso com a qualidade e a segurança da assistência. Isso não apenas fortalece a reputação da operadora no mercado, mas também incentiva outras empresas a seguirem seu exemplo.

Esses são apenas alguns exemplos de casos de sucesso na implementação das boas práticas preconizadas pela RN Nº 452. Essas experiências demonstram que, quando as operadoras de planos de saúde se comprometem com a melhoria da qualidade da assistência e adotam as diretrizes estabelecidas pela normativa, é possível alcançar resultados positivos para os beneficiários e para o sistema de saúde como um todo.

Conclusão: resumo dos principais pontos abordados e reflexão sobre o impacto da RN Nº 452 no setor de saúde no Brasil.

A Resolução Normativa (RN) Nº 452 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) representa um marco importante na busca pela melhoria da qualidade da assistência à saúde no setor de planos de saúde no Brasil. Ao longo deste artigo, exploramos diversos aspectos relacionados a essa normativa e seu impacto no sistema de saúde brasileiro.

A RN Nº 452 estabelece diretrizes e exigências para as operadoras de planos de saúde, visando promover a adoção de boas práticas em atenção à saúde, aprimorar a segurança do paciente, garantir o acesso equitativo aos serviços e promover a transparência e a comunicação eficaz com os beneficiários.

Exploramos os objetivos e propósitos da RN Nº 452, destacando seu papel na promoção da excelência na assistência à saúde e no fortalecimento do sistema de saúde suplementar. Discutimos também os desafios e críticas relacionados à sua implementação, como a complexidade dos processos de certificação e os custos adicionais para as operadoras.

No entanto, também destacamos casos de sucesso na implementação das boas práticas preconizadas pela RN Nº 452, demonstrando que é possível alcançar resultados positivos, como a redução de eventos adversos, a melhoria na gestão de doenças crônicas e o aumento da satisfação dos beneficiários.

Em conclusão, a RN Nº 452 tem um impacto significativo no setor de saúde no Brasil, contribuindo para elevar o padrão de qualidade da assistência oferecida pelas operadoras de planos de saúde, melhorar a segurança do paciente e promover uma maior transparência e confiança no sistema de saúde suplementar.

Seu papel na busca pela excelência na assistência à saúde é fundamental para garantir uma melhor experiência para os beneficiários e para fortalecer o sistema de saúde como um todo.

Texto Original RN 452

RESOLUÇÃO NORMATIVA – RN Nº 452, DE 9 DE MARÇO DE 2020

Dispõe sobre o Programa de Acreditação de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde e Altera a Resolução Normativa – RN nº 124, de 30 de março de 2006, que dispõe sobre a Aplicação de Penalidades para as Infrações à Legislação de Planos Privados de Assistência à Saúde.


A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, em vista do que dispõe os arts. 4º, incisos XV, XXIV e XXXVII, e 10, inciso II, ambos da Lei nº 9.961, de 28 de janeiro de 2000; art. 6º, inciso X, do Anexo III da Resolução Regimental – RR nº 01, de 17 de março de 2017, em reunião ordinária realizada em 20 de março de 2020, adotou a seguinte Resolução Normativa e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação.


CAPÍTULO I


DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o Programa de Acreditação de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde e altera a Resolução Normativa – RN nº 124, de 30 de março de 2006, que dispõe sobre a aplicação de penalidades para as infrações à legislação de planos privados de assistência à saúde.


Art. 2º O Programa de Acreditação de Operadoras é uma certificação de boas práticas em gestão organizacional e em gestão em saúde, de caráter voluntário, realizado por Entidades Acreditadoras, cujo objetivo é a qualificação da prestação dos serviços, induzindo a mudança no modelo de atenção à saúde existente, propiciando uma melhor experiência para o beneficiário.


CAPÍTULO II


DAS DISPOSIÇÕES GERAIS


Seção I


Das Entidades Acreditadoras do Programa de Acreditação de Operadoras


Subseção I


Dos Requisitos para Reconhecimento das Entidades Acreditadoras


Art. 3º Para fins de reconhecimento pela ANS da aptidão para ser uma Entidade Acreditadora do Programa de Acreditação de Operadoras, as pessoas jurídicas deverão cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos:


I – possuir representação no Brasil;


II – ter reconhecimento de competência pela Coordenação Geral de Acreditação – CGCRE do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO;


III – não possuir administradores, acionistas controladores, sócios, alta gerência ou equipe de auditores com:


a) conflito de interesses para o exercício das atividades de certificação;


b) participação societária ou interesse, direto ou indireto, em operadora ou em alguma de suas controladas, coligadas ou equiparadas à coligada; e


c) relação de trabalho, direta ou indireta, como empregado, administrador ou colaborador assalariado em operadora ou em alguma de suas controladas, coligadas ou equiparadas à coligada.


IV – A Entidade Acreditadora do Programa de Acreditação de Operadoras não pode ter tido o seu reconhecimento cancelado pela ANS nos últimos 5 (cinco) anos.


§1º O disposto no inciso III deste artigo se aplica às pessoas jurídicas controladoras, coligadas ou equiparadas a coligadas de uma pessoa jurídica a ser reconhecida como Entidade Acreditadora do Programa de Acreditação de Operadoras.


§2º O disposto no inciso III deste artigo não afasta a possibilidade de serem identificadas outras causas que caracterizem comprometimento da imparcialidade da pessoa jurídica que pretende ser reconhecida pela ANS como Entidade Acreditadora do Programa de Acreditação de Operadoras.


Subseção II


Do Processo de Reconhecimento da Entidade Acreditadora


Art. 4º As pessoas jurídicas que se adequem aos requisitos descritos no art. 3º desta RN poderão solicitar o reconhecimento da ANS com o envio do requerimento previsto no Anexo V desta RN, acompanhado da seguinte documentação:


I – cópia do certificado de acreditação emitido pelo INMETRO


II – cópia autenticada dos atos constitutivos e suas alterações registrados no órgão competente ou cópia simples com a apresentação dos originais para autenticação por servidor da ANS no instante do protocolo da documentação na sede ou nos núcleos da ANS;


III – declaração, firmada pelos seus representantes, de ausência de conflitos de interesses, conforme Anexo V desta RN;


IV – firmar termo de responsabilidade com a ANS, conforme o Anexo V desta RN, com as obrigações de:


a) avaliar as operadoras pelos critérios técnicos pré-estabelecidos pela ANS;


b) não realizar consultoria às operadoras já acreditadas pela própria Entidade Acreditadora durante o período de 3 (três) anos após o fim de vigência da certidão de acreditação da operadora;


c) só realizar acreditação incluindo visitas de diagnóstico e de auditoria, na mesma operadora após um período de 3 (três) anos do fim da realização de consultoria;


d) não realizar auditoria independente para Pesquisa de Satisfação de Beneficiários, prevista no requisito 4.4 da Dimensão 4 (Experiência do Beneficiário) estabelecida no inciso IV do parágrafo único do art. 12 desta RN, nas operadoras a serem acreditadas pela própria Entidade Acreditadora;


e) comunicar à ANS qualquer mudança na pessoa jurídica que altere os requisitos previstos no art. 3º desta RN no prazo de 30 (trinta) dias corridos utilizando o formulário descrito no Anexo V desta RN; e


f) manter a documentação comprobatória de todos os atos praticados de acordo com esta RN, inclusive a comprovação da formação e experiência profissional dos auditores prevista no art. 14 desta RN.


Art. 5º O reconhecimento da e sua renovação serão publicados no sítio eletrônico da ANS na internet, com a respectiva data de início e fim de validade.


Subseção III


Da Vigência e do Cancelamento do Reconhecimento da Entidade Acreditadora


Art. 6º A validade do reconhecimento ou da renovação do reconhecimento de Entidade Acreditadora pela ANS seguirá os seguintes critérios:


I – a validade do reconhecimento ou da renovação do reconhecimento da Entidade Acreditadora terá início a partir da data de emissão do certificado de acreditação pelo INMETRO, caso a Entidade Acreditadora solicite o reconhecimento à ANS em até 30 (trinta) dias corridos da sua emissão;


II – a validade do reconhecimento ou da renovação do reconhecimento de Entidade Acreditadora terá início a partir da data de publicação no sítio eletrônico da ANS na internet, caso a Entidade Acreditadora solicite o reconhecimento à ANS após 30 (trinta) dias corridos da emissão do certificado pelo INMETRO; e


III – o fim da validade do reconhecimento ou da renovação do reconhecimento de Entidade Acreditadora será igual à data de expiração do certificado de acreditação emitido pelo INMETRO.


§ 1º A Entidade Acreditadora só poderá atuar no âmbito do Programa de Acreditação de Operadoras durante a validade do reconhecimento ou da renovação do reconhecimento pela ANS.


§2º A Entidade Acreditadora do Programa de Acreditação de Operadoras deverá enviar requerimento de renovação do reconhecimento à ANS a cada renovação do certificado de acreditação pelo INMETRO.


Art. 7º O reconhecimento da Entidade Acreditadora do Programa de Acreditação de Operadoras poderá ser cancelado a qualquer tempo pela ANS, na hipótese de fraude ou perda de algum dos requisitos previstos nesta RN.


Art. 8º A ANS informará o cancelamento do reconhecimento da Entidade Acreditadora ao INMETRO.


Art. 9º O cancelamento do reconhecimento da Entidade Acreditadora do Programa de Acreditação de Operadoras será publicado no sítio eletrônico da ANS na internet.


§1º Em caso de perda do reconhecimento da Entidade Acreditadora pela ANS, a operadora terá o prazo de 180 (cento e oitenta) dias corridos, a contar da publicação mencionada no caput, para passar a ser acompanhada por Entidade Acreditadora diversa e comunicar a substituição à ANS, não sendo necessário iniciar novo processo de acreditação.


§ 2º No caso descrito no § 1º deste artigo, a vigência original da acreditação da operadora e o nível da acreditação serão mantidos.


§3º Caso não haja as providências descritas no § 1º, a acreditação conferida perderá validade após o prazo de 180 (cento e oitenta) dias corridos a contar da publicação mencionada no caput.


Seção II


Do Processo de Acreditação de Operadoras


Subseção I


Dos Pré-Requisitos para a Acreditação de Operadoras


Art. 10. As operadoras poderão se submeter de forma voluntária ao Programa de Acreditação de Operadoras executado por uma Entidade Acreditadora de sua livre escolha, dentre as Entidades Acreditadoras reconhecidas pela ANS, de acordo com o disposto nesta RN.


Parágrafo único. A operadora que se submeter ao Programa de Acreditação de Operadoras deverá verificar previamente se a Entidade Acreditadora escolhida é reconhecida pela ANS para esta finalidade, e encontra-se na listagem de Entidades Acreditadoras do Programa de Acreditação de Operadoras publicadas no sítio eletrônico da ANS na internet.


Art. 11. A operadora a ser submetida à avaliação de conformidade com os requisitos e itens de verificação para acreditação ou para a renovação deve possuir os seguintes pré-requisitos:


I – ter registro ativo como operadora junto à ANS;


II – não estar em uma das seguintes situações:


a) plano de recuperação assistencial;


b) plano de adequação econômico-financeira;


c) regime especial de direção técnica;


d) regime especial de direção fiscal;


e) processo de liquidação extrajudicial;


f) intervenção fiscalizatória; e


g) ter se posicionado na faixa 3 (três) do monitoramento da garantia de atendimento 2 (duas) vezes consecutivas nos 12 (doze) meses anteriores a avaliação de conformidade, de acordo com a IN DIPRO 48/2015 e suas alterações posteriores.


III – possuir Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) e de suas dimensões no Programa de Qualificação de Operadoras (PQO) da Agência Nacional de Saúde Suplementar igual ou maior a 0,6 (seis décimos); e


IV- não possuir Auditoria Independente das demonstrações financeiras com parecer adverso ou com abstenção de opinião do último exercício disponível.


Parágrafo único. Perderão a acreditação as operadoras que, a qualquer tempo, passem a descumprir quaisquer dos pré-requisitos previstos neste artigo.


Subseção II


Das Características do Programa de Acreditação de Operadoras


Art. 12. O Programa de Acreditação de Operadoras é composto de requisitos e itens de verificação distribuídos nas seguintes dimensões.


I – Gestão Organizacional – a dimensão 1 busca avaliar a gestão das operadoras considerando aspectos relativos à estrutura organizacional, a processos de trabalho, a governança corporativa, a gestão de riscos corporativos, a sua sustentabilidade e a melhoria da qualidade;


II – Gestão da Rede Prestadora de Serviços de Saúde – a dimensão 2 busca avaliar a gestão da rede assistencial das operadoras, considerando critérios de qualidade para sua conformação, bem como mecanismos de regulação do acesso dos beneficiários;


III – Gestão em Saúde – a dimensão 3 busca avaliar a gestão do cuidado em saúde pelas operadoras, bem como ações de monitoramento relativas à qualidade da atenção à saúde de sua rede prestadora de serviços de saúde; e


IV – Experiência do Beneficiário – a dimensão 4 busca avaliar o resultado da interação entre a operadora, seus beneficiários e a sociedade, incluído potenciais beneficiários, tendo como parâmetros a percepção dos beneficiários quanto ao atendimento de suas necessidades e expectativas, bem como as ações promovidas pela operadora com foco na melhoria da qualidade dos serviços prestados.


Parágrafo único. Além de ser avaliada nos itens e requisitos estabelecidos nas Dimensões elencadas neste artigo, previstas no Anexo I desta RN, as operadoras também serão avaliadas em relação ao cumprimento dos requisitos referentes aos processos de governança, gestão de riscos e controles internos estabelecidos no corpo da RN e do Anexo IA da RN nº 443, de 28 de janeiro de 2019.


Art. 13. Para obtenção da acreditação, as operadoras serão avaliadas em sua conformidade com os itens e requisitos estabelecidos no Anexo I desta RN.


§ 1º Para a obtenção da acreditação das operadoras médico-hospitalares, o programa deverá ser aplicado na íntegra, considerando todos os itens e requisitos previstos no Anexo I desta RN, inclusive nas reacreditações, de acordo com os critérios de pontuação estabelecidos nesta RN.


§ 2º Para obtenção da acreditação, as operadoras exclusivamente odontológicas deverão ser avaliadas nos itens e requisitos previstos no Anexo I desta RN, excetuando-se aqueles elencados no Anexo III desta RN, inclusive nas reacreditações, de acordo com os critérios de pontuação estabelecidos nesta RN.


§ 3º Para obtenção da acreditação, as operadoras classificadas na modalidade de autogestão deverão ser avaliadas nos itens e requisitos previstos no Anexo I desta RN, excetuando-se aqueles elencados no Anexo III desta RN, inclusive nas reacreditações, de acordo com os critérios de pontuação estabelecidos nesta RN.


§ 4º Independentemente do cumprimento dos requisitos previstos no parágrafo único do artigo 12, as operadoras que cumprirem os itens e requisitos previstos no Anexo I desta RN serão acreditadas, no nível correspondente à pontuação obtida.


Subseção III


Das Auditorias para Acreditação de Operadoras


Art. 14 A Auditoria para fins de acreditação de operadora deverá ser feita por uma equipe com a seguinte conformação mínima:


I – ser composta por, no mínimo, 3 (três) auditores com formação universitária;


II – possuir, no mínimo, 1 (um) auditor com formação universitária, com pós-graduação em uma das seguintes áreas: gestão em saúde, saúde coletiva, saúde pública, administração hospitalar ou auditoria em saúde ou experiência mínima de 5 (cinco) anos em acreditação em saúde ou auditoria em saúde; e


III – possuir, no mínimo, 1 (um) auditor com ou formação universitária, ou pós-graduação, em uma das seguintes áreas: administração, economia, engenharia de produção, gestão de negócios, controladoria, finanças, auditoria empresarial, economia empresarial, ciências contábeis, ciências atuariais, gerenciamento de risco corporativo ou experiência mínima de 5 (cinco) anos em auditoria empresarial ou controladoria.


Art. 15. A operadora poderá solicitar à Entidade Acreditadora uma avaliação inicial de diagnóstico, sem fins de acreditação, para identificação dos processos que não atendem aos requisitos da norma, desde que não se configure consultoria conforme previsto no Anexo V desta RN.


Subseção IV


Da Forma de Pontuação para Obtenção da Acreditação


Art. 16. A Entidade Acreditadora deverá obedecer aos critérios de pontuação estabelecidos no Anexo III e no corpo desta RN, quando da aplicação do Programa de Acreditação de Operadoras.


Art. 17. Para ser acreditada, a operadora deverá atingir pontuação mínima de 70 (setenta) pontos em cada uma das quatro dimensões, independentemente da nota final.


Art. 18. A operadora poderá ser acreditada em três níveis:


I – Nível I: com validade de 3 (três) anos;


II – Nível II: com validade de 2 (dois) anos; ou


III – Nível III: com validade de 2 (dois) anos.


§ 1º Para ser acreditada no nível III, além do disposto no art. 17 desta RN, a operadora deverá obter nota final maior ou igual a 70 (setenta) e menor que 80 (oitenta).


§ 2º Para ser acreditada no nível II, além do disposto no art. 17 desta RN, a operadora deverá obter nota final maior ou igual a 80 (oitenta) e menor que 90 (noventa).


§ 3º Para ser acreditada no nível I, além do disposto no art. 17 desta RN, a operadora deverá obter o seguinte desempenho:


I – obter nota final maior ou igual a 90 (noventa);


II – obter conformidade em pelo menos 80% (oitenta por cento) dos itens de excelência; e


III – obter IDSS acima de 0,8 (oito décimos) na última avaliação divulgada.


§ 4º No caso do descumprimento dos incisos II e III do § 3º deste artigo, mesmo cumprindo os demais requisitos para atingir o nível I, a operadora será acreditada no nível II.


Art. 19. A Nota Final da operadora será apurada pela média aritmética da pontuação das 4 (quatro) dimensões do Programa de Acreditação de Operadoras.


§ 1º Para cada dimensão, será atribuída uma nota de 0 (zero) a 100 (cem), a ser calculada pela média aritmética dos seus requisitos.


§ 2º A avaliação dos requisitos será realizada da seguinte maneira:


I – a nota do requisito será apurada pela proporção de itens de verificação em conformidade e varia de 0 (zero) a 100 (cem); e


II – a operadora deverá ter alcançado conformidade em todos os itens de verificação essenciais de um requisito, caso contrário receberá nota zero no requisito inteiro.


Art. 20 A avaliação dos itens de verificação deverá considerar a conformidade em dois domínios:


I – o escopo; e


II – o tempo de implantação.


§ 1º Para fins de avaliação, o item poderá ter duas avaliações:


a) conforme; ou


b) não conforme.


§ 2º Será considerado “conforme”, o item de verificação que obtiver o seguinte desempenho:


a) cumprir o escopo do item; e


b) tempo de implantação de 12 (doze) meses ou mais.


§ 3º A conformidade de cada item avaliado será verificada mediante análise documental e/ou observação direta ou inspeção, de acordo com a interpretação dos requisitos e as possíveis formas de obtenção de evidências descritos no Anexo I desta RN.


Art. 21. As operadoras que possuírem certificação de Boas Práticas em Atenção Primária à Saúde – APS, de acordo com a Resolução Normativa nº 440, de 14 de dezembro de 2018, receberão a pontuação integral dos itens 2.2.2 e 2.2.4 do requisito 2.2 Estrutura da Rede Prestadora com base na Atenção Primária à Saúde – APS da Dimensão 2. Gestão da Rede Prestadora de Serviços de Saúde e dos requisitos 3.2 Coordenação e Integração do cuidado e 3.3 Programa de Gestão do Cuidado de Condições Crônicas de Saúde da Dimensão 3. Gestão em Saúde, descritos no Anexo I desta RN.


Parágrafo único. Caso o final de vigência da certificação em APS da operadora seja anterior ao final de vigência da certidão de acreditação da operadora, a Entidade Acreditadora deverá verificar durante a auditoria de manutenção o atendimento aos itens 2.2.2 e 2.2.4 e aos requisitos 3.2 e 3.3, descritos no Anexo I desta RN, e reavaliar a pontuação da operadora, podendo ensejar na perda da pontuação e, eventualmente, da acreditação.


Art. 22. As fórmulas para o cálculo das pontuações descritas nesta Subseção encontram-se dispostas no Anexo III desta RN.


Subseção V


Da Manutenção da Acreditação e da Reacreditação


Art. 23. Para manutenção da Acreditação, a operadora deverá sofrer auditorias de manutenção pela Entidade Acreditadora, anualmente, até o fim do ciclo avaliativo.


§ 1º Fica a critério da Entidade Acreditadora estabelecer o escopo aplicável nas auditorias de manutenção.


§ 2º Caso seja averiguada mudança na pontuação da operadora durante as auditorias de manutenção, se a nota final for de 70 (setenta) pontos ou mais, não ensejará em mudança de nível de acreditação.


§ 3º As Auditorias de manutenção poderão gerar perda da acreditação, nos casos de nota final inferior a 70 (setenta) pontos.


§ 4º Nas auditorias de manutenção, fica a critério da Entidade Acreditadora estabelecer um prazo máximo de 60 (sessenta) dias corridos para as operadoras comprovarem a correção das inconformidades quando a nota final for inferior a 70 (setenta) pontos.


§ 5º Em caso de perda de acreditação, a Entidade Acreditadora deverá comunicar formalmente a ANS em, no máximo, 15 (quinze) dias úteis.


Art. 24. A operadora deverá informar a qualquer tempo à Entidade Acreditadora mudanças que possam afetar o atendimento aos requisitos e pré-requisitos da acreditação, sob pena de perda da acreditação.


Art. 25. Ao fim do período de validade da certidão de acreditação, fica a critério da operadora a escolha da Entidade Acreditadora para reacreditação, desde que respeitadas as regras desta RN, com resultados independentes da acreditação anterior.


Art. 26. Caso a operadora deseje alcançar um nível mais elevado de acreditação, poderá antecipar seu processo de reacreditação, com resultados independentes da acreditação em vigência.


Subseção VI


Da Homologação da Acreditação das Operadoras pela ANS


Art. 27. Para a homologação da certidão de acreditação de operadora pela ANS, a Entidade Acreditadora deverá enviar os seguintes documentos:


I – certidão de acreditação da operadora com o nível e o período de vigência;


II – relatório de avaliação da acreditação da operadora, conforme diretrizes descritas no Anexo IV desta RN; e


III – cópia dos certificados de graduação e/ou pós-graduação dos auditores que conduziram a acreditação.


§ 1º A entidade acreditadora deve estar com seu reconhecimento vigente durante todo o processo de avaliação.


§ 2º O resultado do requerimento da homologação de acreditação junto à ANS, constante no caput deste artigo, será comunicado formalmente à Entidade Acreditadora e à operadora avaliada.


Art. 28. Serão indeferidas as solicitações de homologação de acreditação de operadoras em caso de descumprimento desta RN.


§ 1º Caso a ANS considere que o relatório de avaliação não apresenta a descrição de evidências suficientes para comprovação do cumprimento dos requisitos e itens de verificação estabelecidos no Anexo I desta RN, a homologação da acreditação será indeferida.


§ 2º Excepcionalmente, com vistas ao melhor esclarecimento, a ANS poderá solicitar informações adicionais à Entidade Acreditadora relativas ao processo de acreditação, quando necessário.


Art. 29. A certidão de acreditação possui caráter personalíssimo da operadora avaliada, não podendo ser transferida ou estendida, a qualquer título, a outra sem que se cumpra os requisitos desta RN de submissão ao Programa de Acreditação de Operadoras executado por uma Entidade Acreditadora.


Subseção VII


Dos Incentivos Regulatórios


Art. 30. As Operadoras acreditadas na forma desta RN receberão bonificação correspondente ao nível atingido no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar – IDSS do Programa de Qualificação Operadoras, conforme a ficha técnica estabelecida e divulgada anualmente.


Art. 31. As Operadoras acreditadas em qualquer nível no âmbito desta RN até dezembro de 2022 farão jus à redução da exigência mensal de Margem de Solvência em 5% (cinco por cento) do exercício corrente.


§1º Para fins do caput deste artigo, a auditoria de acreditação deverá observar o disposto no arts. 12 e 13 e ser documentada em relatório específico conforme estabelecido no Anexo IV desta RN, devendo abarcar todo o ano-base anterior ao ano de envio do relatório.


§2º Para acompanhamento do cumprimento do disposto no §1°, deverá ser realizada auditoria de manutenção anual pela Entidade Acreditadora, documentada em relatório específico, conforme estabelecido no Anexo IV, devendo abarcar todo o ano-base anterior ao ano de envio do relatório.


§ 3º O relatório a que se refere o §2° deverá ser assinado pelo auditor que possua as competências estabelecidas no inciso III, art. 14 desta RN.


§4º O relatório deverá ser enviado anualmente à Diretoria de Desenvolvimento Setorial da ANS – DIDES no mesmo prazo de envio do Documento de Informações Periódicas (DIOPS) do 1º trimestre de cada ano subsequente ao ano-base avaliado.


§5º Para que façam jus à redução de que trata o caput a DIDES comunicará à Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras – DIOPE as Operadoras que foram acreditadas, a qual dará efeito à redução de margem de solvência.


Art. 32. As Operadoras acreditadas em qualquer nível no âmbito dessa RN a partir de janeiro de 2023, que também demonstrem o cumprimento integral dos requisitos avaliados na forma do art. 12, parágrafo único, desta norma, farão jus aos fatores reduzidos de capital regulatório previstos no anexo III da RN n° 451 de 06 de março de 2020, independentemente do cumprimento do rito previsto no art. 12 da RN n° 443, de 28 de janeiro de 2019.


§1º A verificação dos requisitos previstos no caput deverá ser obrigatoriamente efetuada na auditoria de acreditação realizada pela Entidade Acreditadora, documentada em relatório específico conforme estabelecido no Anexo IV e deverá abarcar todo o ano-base anterior ao ano de envio do relatório.


§2º O acompanhamento do cumprimento dos requisitos previstos no caput deverá ser realizado obrigatoriamente na auditoria de manutenção anual pela Entidade Acreditadora, documentado em relatório específico conforme estabelecido no Anexo IV e deverá abarcar todo o ano-base anterior ao ano de envio do relatório.


§ 3º O relatório relativo ao cumprimento dos requisitos previstos no caput deverá ser assinado pelo auditor com as competências estabelecidas no inciso III, art. 14 desta RN.


§4º O relatório deverá ser enviado anualmente à DIDES no mesmo prazo de envio do Documento de Informações Periódicas (DIOPS) do 1º trimestre de cada ano subsequente ao ano-base avaliado.


§5º Caso a operadora faça jus aos fatores reduzidos de que trata o caput, a DIDES comunicará a DIOPE.


§6º A ANS poderá, a qualquer tempo, desconsiderar os fatores reduzidos de que trata o caput, na hipótese de identificação de ocorrência de desconformidade ou verificação de não atendimento a requisitos.


§ 7º Na hipótese de que trata o §6º, a operadora será previamente notificada para prestar esclarecimentos no prazo de 10 (dez) dias úteis.


CAPÍTULO III


DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS


Art. 33. As Entidades Acreditadoras homologadas, nos termos da Resolução Normativa nº 277, de 4 de novembro de 2011, que institui o Programa de Acreditação de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde, deverão se adequar aos critérios para reconhecimento previstos nesta RN, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias corridos a contar da publicação desta RN.


Parágrafo único. Esta RN passa a vigorar na data de sua publicação para novas pessoas jurídicas que pretenderem ser reconhecidas como Entidades Acreditadoras.


CAPÍTULO IV


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS


Art. 34. A ANS dará publicidade, por meio de divulgação em seu sítio eletrônico na internet, da lista de operadoras que receberem a certidão de acreditação.


Art. 35. O relatório de que trata o inciso II do art. 27 não será divulgado pela ANS, em nenhuma hipótese, sendo utilizado apenas para a realização de estudos referentes à qualidade da saúde suplementar.


Art. 36. As operadoras acreditadas podem divulgar amplamente a certidão de acreditação em seu sítio eletrônico na internet e utilizar para fins comerciais, incluindo material publicitário ou propaganda.


Parágrafo único. A utilização da certidão de acreditação prevista no caput deste artigo só poderá ocorrer ou após a recepção do ofício da ANS dando ciência do deferimento da homologação da acreditação ou quando for divulgado no sítio eletrônico da ANS na internet.


Art. 37. A qualquer tempo e uma vez constatado indícios de conduta comissiva ou omissiva do auditor ou da Entidade Acreditadora em relação aos fatos que ensejaram à acreditação, a operadora poderá perder a certidão de acreditação, após o regular processo administrativo.


Art. 38. Todo material relativo à acreditação da operadora -, utilizado pela Entidade Acreditadora e pela operadora, tais como: relatórios de auditoria, fichas de entrevistas, evidências consideradas, comprovantes de todos os atos praticados, documentos em geral e a comprovação da formação e experiência profissional dos auditores prevista nesta RN, deverão estar à disposição da ANS e poderão ser requisitados a qualquer tempo durante o período de vigência da certidão de acreditação.


Art. 39. O art. 74-D da Resolução Normativa nº 124, de 30 de março de 2006, que dispõe sobre a aplicação de penalidades para as infrações à legislação de planos privados de assistência à saúde, passa a vigorar com a seguinte redação:


“Art. 74-D. Veicular material publicitário ou propaganda, por qualquer meio, com menção a processo de acreditação, certidão de acreditação ou documento similar, que tenha sido executado ou emitido, respectivamente, em desconformidade com Resolução específica.


Sanção – advertência


multa de R$ 80.000,00″ (NR)


Art. 40. Revoga-se a RN nº 277, de 4 de novembro de 2011, que institui o Programa de Acreditação de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde.


§ 1º As certidões de acreditação emitidas, nos termos da RN nº 277, de 2011, antes da publicação da presente RN, serão válidas até o término do prazo da certificação concedida.


§ 2º No decorrer do prazo de 180 (cento e oitenta) dias corridos a partir da data de publicação desta RN, as operadoras poderão optar pela acreditação nos termos da RN nº 277, de 2011, ou nos termos da presente RN.


§ 3º As certidões de acreditação emitidas, nos termos da RN nº 277, de 2011, a partir da data de publicação desta RN, conforme previsto no §2º deste artigo, serão válidas por no máximo 18 (dezoito) meses a partir da data de publicação desta RN.


Art. 41. Compõem este normativo cinco Anexos:


a) Anexo I – Requisitos e Itens de Verificação;


b) Anexo II – Glossário;


c) Anexo III – Forma de cálculo dos critérios de Pontuação;


d) Anexo IV – Diretrizes para elaboração do Relatório da Acreditação da Operadora pela Entidade Acreditadora; e


e) Anexo V – Formulários.


Parágrafo único. Os anexos desta RN serão publicados e estarão disponíveis para consulta no sítio institucional da ANS na internet (www.ans.gov.br).


Art. 42. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

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Dulce Delboni Tarpinian

Atuo há 20 anos no segmento de Contact Center. Em 2006 fundei a Estrutura Dinâmica empresa que oferece humanização, resolutividade e inovação no atendimento.
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